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A Ascensão dos Regimes Totalitários

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Mensagem por Admin Dom Set 29, 2013 1:47 pm

Regimes Totalitários
A conseqüência da crise do capitalismo se deu em diversos países da Europa, provocando efeitos desastrosos, o desemprego aumentou, a produção caiu, a inflação elevou-se e muitas empresas faliram. A crise também contribuiu para agravar ainda mais os conflitos entre as classes sociais, tornando-se mais profundo e explosivo.

A democracia liberal mostrou-se incapaz de administrar os graves problemas da época. Procurando, as elites dominantes (industriais, banqueiros e grandes comerciantes) mostraram favoráveis á formação de governos fortes e autoritários, capazes de impor a disciplina social para recompor a ordem capitalista.

Essas idéias políticas levaram ao recuo das democracias liberais, abrindo espaço para o avanço dos regimes totalitários e contribuiu para o recuo do liberalismo e a crise das democracias, esses foi o medo das classes dominantes em relação às lutas proletário-socialistas não ganham vigor com a Revolução Russa. A classe dominante apoiou a ascensão dos regimes totalitários representado pelo fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha.

O Fascismo na Itália

Após a Primeira Guerra Mundial, a Itália tinha que enfrentar um saldo de 700 mil mortos, 500 mil feridos, muita divida junto aos Estados Unidos e á Inglaterra, além de fome, inflação e desemprego. Foi nesse clima de instabilidade econômica e social que Benito Mussoline fundou em 1921, o Partido Nacional Fascista. Ele dizia ser capaz de acabar com a onda de grave e com a agitação dos socialistas, além de encaminhar o país rumo ao crescimento econômico. Acreditando nas propostas de Mussoline, muitos industriais financiaram a ascensão fascista. Em 1922, Mussoline conquistou o poder na Itália.

O Governo de Mussoline

Até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, podemos dividir o governo de Mussoline em duas grandes fases:

Primeira fase (1922-1924) - Mussoline organizou milícia (tropas) fascista que promoveram uma série de atentados terroristas contra os políticos da oposição. Nessa fase seu governo caracterizou-se pelo nacionalismo extremado e pela construção de um Estado autoritário.

◦Segunda fase (1925-1939) Mussoline já havia reunido poder suficiente para implantar a ditadura fascista na Itália. Tornou-se o chefe supremo do estado, sendo conhecido come Duce (aquele que dirige).

No plano interno, Mussoline reprimiu os protestos dos trabalhadores e conseguiu recuperar a economia da Itália. Preocupou-se com a educação pública como meio de transmitir a doutrina fascista á sociedade. O ideal básico da educação fascista era submeter o indivíduo á total obediência ao estado. Os princípios básicos da doutrina eram crer, obedecer e combater.

No plano externo, Mussoline desenvolveu uma agressiva política de expansão. Em 1936, tropas italianas ocuparam a capital Etíope. A Liga das Nações protestou contar a invasão e impôs sanções (penas, castigos) econômicas á Itália. Mas não conseguiu deter o avanço fascista.

OBS: o essencial do fascismo é a concepção de Estado. Tudo no Estado. Nada fora do Estado. Se a liberdade significa indivíduo, o fascismo significa Estado, o fascismo e o indivíduo estão subordinados ás necessidades do Estado.
Nazismo na Alemanha

Vencida na Primeira Guerra Mundial e humilhada pelas duas condições impostas pelo Tratado de Versalhes, a Alemanha enfrentou os anos 20 com dificuldades econômicas e sociais. Mesmo retomando o desenvolvimento industrial, o país ainda sofria com o elevado número de desempregados.

Entusiasmados com o exemplo da Revolução Russa, amplos setores do operariado protestavam contra a exploração capitalista em greves organizadas pelo Partido Comunista Alemão (KPD) e pelo Partido Social Democrata (SPD). Temendo a expansão dos movimentos socialistas, a burguesia alemã passou a fornecer apoio ao Partido Nazista autoritário e antidemocrático liderado por Adolf Hitler.

As idéias nazistas foram difundidas graças ao talento oratório de Hitler, as publicações do partido e o uso de meios espetaculares para influenciar a opinião pública. Entre esses meios destacavam-se grandes desfiles militares a e adoção de um conjunto de ritos pomposos, que manifestavam noções de ordem, disciplinas e organização.

Nazismo a doutrina de Hitler no Mein Kampf, em 1923, organizou uma rebelião contra o governo alemão. A rebelião foi rapidamente reprimida pelas forças governamentais e Hitler, condenado á cinco anos de prisão. Foi na prisão militar de Landsberg que Adolf Hitler escreveu a primeira parte do livro Mein Kmapf (minha luta), que se tornou o “livro sagrado” do nazismo. Nesse livro Hitler expõe as bases da sua doutrina.
Entre as principais teses da doutrina hitlerista estão:

Ø A superioridade da raça ariana- Hitler afirmava que o povo alemão descendia de uma raça superior (ariana) e, pó isso, tinha o direito de dominar as raças inferiores (judeus, eslavos, etc.).
Ø O anti-senitismo – Hitler declarava que os judeus (semitas) faziam parte de uma raça inferior, sendo capazes de corromper e destruir a pureza alemã. Os casamentos entre judeus e alemães deveriam ser proibidos; e os judeus aniquilados.
Ø O total fortalecimento do Estado – Hitler defendia a total submissão do indivíduo á autoridade soberana do Estado personificada na figura de Führer (chefe).
Ø O expansionismo – Hitler afirmava que o povo alemão tinha direito de conquistar seu espaço vital, expandido militarmente seu território.
Falando do sistema educacional, Hitler escreveu as seguintes palavras no Mein Kamph. “O povo alemão, hoje destruído, morrendo, entregue, sem defesa, aos pontapés do resto do mundo, tem absoluta necessidade de força que a confiança em si proporciona. Todo o sistema educacional deve ter como objetivo dar as crianças de nosso povo à certeza de que são absolutamente superiores aos outros povos.”

A Ditadura nazista

Em 1925, Van Hindenburg foi eleito presidente da Alemanha. O novo presidente não conseguiu realizar a estabilização política nem superar as dificuldades econômicas do país, problemas herdados com a derrota na Primeira Guerra Mundial, dívidas de guerra, indústria abalada, alto nível de desemprego, etc. retratavam a situação econômica alemã que se agravou ainda mais com a crise capitalista de 1929.
A tumultuada situação econômica, política e social alemã no final de 1932 foram favorável á ascensão de Hitler, que com a aprovação de Hinderburg, tornou-se chancelar, isto é, chefe do governo na Alemanha em janeiro de 1933. Assumindo o cargo de chanceler, Hitler empenhou-se em consolidar o poder alcançado pelo Partido Nazista. Os principais métodos utilizados nesse sentido foram à violência e a propaganda enganosa junto às massas populares. O uso da violência contra os inimigos do nazismo ficava a cargo da gestapo (política secreta do Estado), dirigido pelo sanguinário Heinrich Heimmler.

A propaganda era conduzida por Joseph Goebbels, titular do ministério da Educação do Povo e propaganda, que exercia severo controle sobre as instituições educacionais e sobre os meios de comunicação. Utilizando de métodos desonestos e sensacionalistas para divulgar a doutrina nazista. Ele tinha a seguinte filosofia: “Uma mentira dita cem vezes torna-se verdade”.

Em dezembro de 1933, o Partido Nazista foi transformado no único Partido do Estado Alemão, com a morte de Hinderburg, em agosto de 1934, o chanceler Hitler assumiu a presidência do país, tornado-se o chefe absoluto da Alemanha. Exercendo total controle sobre a sociedade alemã, o governo de Hitler dedicou-se á reabilitação econômica do país, estimulou a agricultura e a industrialização, principalmente na área de armamento. Desrespeitando as proibições do Tratado de Versalhes, a Alemanha hitlerista passou a se militarizar. Em 1938, iniciou sua política de expansão pela Europa, baseando-se na tese do espaço vital. Sua primeira investida foi contra a Áustria, que conquistou sem disparar um tiro.

A difusão do totalitarismo

As doutrinas totalitárias de inspiração nazi-fascista tiveram repercussão em diversas partes do mundo. Foi o caso, da Espanha, Portugal e do Brasil.


Espanha: a ditadura de Franco

Na Espanha, o general Francisco franco (1892-1975), apoiado pela burguesia conservadora (proprietário de terra, alto clero e setores do exército), reuniu forças para lutar contra a república espanhola, instalada desde 1931. Teve início em 1936 uma sangrenta guerra civil, que terminou em 1939 com a vitória das tropas franquistas. Francisco Franco impôs, então, uma ditadura totalitária, sustentada por uma organização política denominada Falange. Os falangistas passaram a exercer um controle autoritário sobre diversos setores da vida social: educação, sindicalismo, meios de comunicação e órgãos de segurança. Esse regime ditatorial, apesar das modificações sofridas ao longo dos anos, foi mantido até 1976, quando se restaurou a monarquia parlamentar. Voltaram às eleições democráticas, disputadas por diversos partidos políticos.

Portugal a ditadura de Salazar

Em Portugal, Antônio de Oliveira Salazar, no ano de 1932, assumiu a presidência do conselho de ministros e conduziu como chefe do governo, a vida política do país até 1968. Salazar implantou uma ditadura autoritária, tendo como base jurídica a constituição de 1933. Acabou com a atividade dos diversos partidos políticos portugueses existentes, instituindo a União Nacional como partido único. O movimento dos trabalhadores foi severamente controlado pelo Estado. A libertação política de Portugal deu-se somente após a morte de Salazar em 1970.
Brasil o integralismo de Plínio Salgado

No Brasil, a ideologia nazi-fascista foi assimilada pela Ação integralista Brasileira, fundada por Plínio Salgado em 1932. Com o apoio dos integralistas, Getúlio Vargas, implantou a ditadura do Estado Novo em 1937.


Fonte:http://historiainovadora.blogspot.com.br/2008/08/regimes-totalitrios_24.html / acesso em 29/09/2013

O desenho Proibido da Walt Disney - "As Crianças de Hitler"



Educação para a morte - A história de uma criança nazista



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